quarta-feira, 13 de março de 2013

A relação entre castidade, modéstia e pudor – 2ª Parte


por Pe. Thomas Morrow
 
Transcrição: Blog Mater Dei


Que deve fazer uma garota?
            – “Se meu modo de vestir excita os homens, o problema é deles, não meu. Eles que o resolvam”. Isto é falso por várias razões. Em primeiro lugar, não é cristão. A cristandade é uma comunidade ativa. São Paulo ensina: “Ajudai-vos mutuamente a carregar os vossos fardos, e deste modo cumprireis a lei de Cristo” (Gal 6,2). Salvamo-nos em comunidade, não como indivíduos. Em segundo lugar, o problema não é só dos homens. A mulher que se veste indecorosamente cria para si os seus próprios problemas.
           
Quando se diz isto, há mulheres que se sentem ofendidas. Dizem: “Já vi repetir a mesma coisa de sempre, que << são as mulheres que têm a culpa>> da agressividade dos homens”. Não é assim. Nem toda a culpa é das mulheres, mas elas têm certa responsabilidade pelo modo como os homens reagem, embora isso não justifique a má conduta deles. Por conseguinte, não podem queixar-se de que todos os homens são uns “animais”, uns desequilibrados que correm para elas açoados. Os homens decentes costumam fugir, mas a mulher que se veste inadequadamente vende-se barato; os seus melhores ativos são os sexuais.
            
Uma mulher que viva em estado de graça tem um halo que excede de longe qualquer critério da moda. Às vezes, as mulheres cristãs subestimam a sua beleza interior, talvez devido à poderosa influência dos estilistas de moda, que põe exagerada ênfase no exterior e assim vão ganhando a vida. Como diz a Sagrada Escritura, que o vosso adorno não seja o que aparece externamente: cabelos trançados, joias de ouro, vestidos elegantes; mas tende aquela ornato interior e oculto do coração, a pureza incorruptível de um espírito suave e pacífico, coisa que é tão preciosa aos olhos de Deus. (1 Pe 3,3-4)
            As mulheres devem perguntar-se: “A quem estou procurando agradar? A Deus ou ao mundo? Diz São Tiago: “O amor do mundo é abominado por Deus” (Tg 4,4). Pensemos no modo como se vestiria hoje a Mãe de Jesus, se fosse uma solteira de 25 anos. Especulando, seria um exemplo daquilo que São Francisco de Sales desejava: “Eu, por minha parte, teria um grupo de gente piedosa, homens e mulheres sempre adequadamente vestidos, mas sem ostentação nem extravagâncias. Como diz o provérbio, gostaria que elas estivessem "adornadas com graça, decência e dignidade".
           
Há quem afirme que os tempos mudaram e que os estilos são muito chamativos do que há sessenta anos, que as modas de hoje chamamos impudicas parecerão comuns dentro de uma ou duas gerações. Talvez seja, mas geralmente os que estão comprometidos com o Senhor não estão na vanguarda das modas que deixam o corpo descoberto.
            – “Mas no verão faz muito calor...” Pode ser que faça calor, mas há roupas decentes que permitem aliviá-lo. Além disso, o que é mais importante: estar mais a vontade ou contribuir para criar um mundo mais educado, mais respeitoso para com a dignidade de todos, e mais respeitoso portanto para com a lei de Deus?

A força do pudor
            Uma mulher que se vista modestamente não contentará o seu meio ou os estilistas, mas sabe o que quer – decência – e consegue-o. Procurará ser elegante e vestir-se de acordo com a moda, mas sem estridências que desviem para elas os olhares. Pertencerá ao tipo de mulheres que controlam a sua vida social e estão menos expostas ao assédio sexual.
            Evidentemente, as jovens devem receber em casa os critérios sobre o modo de vestir-se com todo o decoro, mas infelizmente nem todas prestam ouvidos. Feliz a moça que tenha um pai e uma mãe dispostos a travar esta batalha.
            Porque tantas mulheres se vestem impudicamente? Por muitas razões. Algumas sentem uma certa excitação vestindo roupas justas ou decotadas; outras deixam-se influir pela moda; outras só desejam chamar a atenção dos homens e vêem nisso um modo de consegui-lo.
            O argumento da moda é débil, dados os ecléticos estilos atuais. Por sua vez, a excitação pessoal não encontra eco no modo de pensar de uma mulher cristã, se verdadeiramente deseja permanecer em intimidade com Deus. Por fim, é verdade que, ao vestir-se de modo provocante, a mulher adquire um certo poder de atrair os olhares, mas é um poder muito caro. Há homens que se deixam atrair poderosamente por uma roupa indecorosa. Mas que perfil é o desses homens? Costumam pretender um encontro sexual, sem a menor vontade de casar-se, pelo menos com a mulher sexy. Nunca lhes passará pela cabeça um pensamento como este: “Que personalidade tem essa garota!”, ou : “Será uma esposa perfeita!” Ao contrário, dirão de si para si: “Aposto que é mais uma!”

O perigo da beleza
            Apesar de a beleza ser um bem em si mesmo, é também uma chamada ao pudor, porque uma mulher muito atraente receberá numerosos convite para comportar-se mal.
            Quando um homem sai com uma mulher realmente bonita, em geral fica fascinado pelo seu aspecto. Ainda que pense que não é a pessoa com a qual se casaria, deixa passar um bom tempo, às vezes anos, até concluir e confessar que esse namoro não pode dar certo.
            Como é então que uma mulher excepcionalmente deve proteger-se? Não se apegando à atenção que provoca mantendo o olhar fixo no que realmente importa: que a sua fé prevaleça. (Este não é um tema politicamente correto na nossa cultura, mas um sacerdote não pode deixar de abordá-lo com todos, especialmente com os que põem risco a sua salvação). Lembremo-nos de que Deus não criou a beleza feminina para que as mulheres fossem frívolas e narcisistas. A mulher atraente que procure realçar a sua beleza atrairá demasiada atenção sobre si mesma. Se deseja atrair um homem virtuoso, deve-se mostrar comedida na sua maquiagem, no penteado, na escolha das joias e no estilo da roupa. Para qualquer mulher, independentemente da sua beleza natural, a meta deveria ser parecer elegante, não chamativa.
            A mulher que goza de uma beleza discreta, feminina, encontrará o tipo adequado de homem cristão muito mais facilmente do que aquela que tenta chamar atenção.
            É cada vez mais imprescindível uma certa revolução cultural no que se refere às roupas das mulheres. Os homens deveriam mobilizar-se e assumir uma espécie de liderança na renovação moral da nossa cultura, mas também as mulheres têm que participar deste objetivo.

Os homens opõem-se ao impudor feminino
            Que deve fazer um homem para evitar a influência negativa de uma mulher vestida indecorosamente? Alguns abaixam discretamente a cabeça, outros olham para outro lado, mas isso pode não ser fácil. A melhor solução seria olhar para a mulher nos olhos e, ao fazê-lo, pensar que se trata de uma pessoa, de uma filha de Deus, e logo a seguir desviar o olhar. Poderia também rezar uma curta oração pedindo que essa mulher mude de aparência e perceba a sua dignidade de pessoa criada à imagem de Deus.
            Se aparece vestida de modo provocante já na primeira saída, você terá que descobrir se é católica ou ao menos cristã. E então poderá discutir com elas as suas ideias sobre o namoro, a castidade e o pudor. Dê-lhe tempo para refletir. Se não se decide a compartilhar o seu critério sobre castidade, chegou o momento de dizer adeus.
           
E se vocês continuam a sair durante algum tempo e ela é uma cristã determinada a viver a castidade, mas de repente aparece vestida de modo provocante? Poderia dizer-lhe alguma coisa como: “Você está maravilhosa com esse vestido, mas não me é fácil viver a castidade quando a vejo com essa roupa”. Se a moça tem uma ponta de senso comum, captará a mensagem e mudará. Se não o faz, você terá que dizer-lhe diretamente: “Esse vestido é demasiado sexy pra mim. Por favor, pode vestir uma roupa menos provocante?
            E se você tem uma amiga católica, com quem não sai, mas que aparece vestida de um modo desonesto? Pois bem, por amor a Deus e para o bem dela, poderá dizer-lhe: “Uma moça tão bonita como você não tem necessidade de vestir-se assim. Você tem para oferecer muito mais do que o atrativo sexual.”
            Se parece admirar-se, acrescente: “Bem, vestida desse jeito, nenhum rapaz conseguirá descobrir a sua personalidade.” Prepare-se para um olhar glacial ou talvez uma bofetada. Ofereça-a ao Senhor em reparação pelos pecados.
            Vale a pena dizer o que pensa? Sim, se existe alguma esperança de melhora. Na sua maioria, as mulheres cristãs desejam mudar, ainda que a sua primeira reação possa ser bastante fria. Com freqüência basta ajudar a pensar, coisa que não se faz porque o tema parece alheio ao nosso mundo.

Em resumo
            Poucos parecem dispostos a ouvir ou falar de pudor. A melhor maneira de que escutem é com o exemplo, especialmente com o exemplo de outras mulheres que tenham a prudência e a capacidade de escolher o traje apropriado para cada lugar e ocasião. É um cuidado que se baseia no amor e na caridade. Se formos pacientes e perseverantes, poderemos convencer os outros das suas vantagens. Uma vez que os tenhamos convencido, eles convencerão o mundo com sua alegria.

Pe. Thomas Morrow – “Namoro Santo em um mundo supersexualizado”

Leia a 1ª parte deste artigo neste link: A relação entre castidade, modéstia e pudor.

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Um comentário:

  1. tudo isso e maravilhoso, estou lutando para por em pratica. que Deus me ajude a viver conforme a sua vontade, louvo e agradeço a Deus por ter pessoa que me ajuda a lutar para viver tudo isso

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